
Certa noite,no meio do reboliço carnal dos meus pensamentos que,como em todas as noites turvavam o meu sono com grãos de sal luzidio sobre pele em tempestade,ou mo privavam por completo,no desafogo me enroscava naqueles lençóis encardidos como em lume de mulher,envolto em chiadeira,à beira,mesmo quase e pela primeira vez,de afugentar por uma noite só o tormento,o vácuo da libido.Eis que minha mãe,abrindo a porta indignada com as molas do meu colchão,rasgando o silêncio com guinchos de loucura,despe o seu vestido de noite azul...aquele aroma temperado a meia-higiene apoderou-se do meu quarto e de mim.O vestido de noite com toque de seda,atirado para cima das minhas vergonhas.
-Vê se te acalmas.
Este guincho em particular soube-me a mel.
Deitou-se a meu lado.A sua carne tocou a minha.Os seus pêlos acariciavam os meus membros incompletos.E na escuridão...senti com alegria,florescer no seu vestido de noite azul uma pequena mancha mais escura.
A minha primeira vez.