terça-feira, 14 de outubro de 2008

minha capa de artifício...


entenda-se que estou surdo perante a composição acromática de tecido encefálico projectado em eco
já reparei que nunca em mim palavras quebram a monotonia egocêntrica pela qual sempre estou absorvido
é deprimente e deprimente é também aquando hábito cria uma indistinção e a memória se limita a apagar experiência atrás de experiência,implodindo sobre si mesma infinitamente
a massa estética que de muitas formas desprezo,acaba por se iluminar perante uma substancia inerte,obsessivamente escamoteada

imolada pela felicidade

4 comentários:

Brown Eyes disse...

O egocentrismo e o hábito deixa-nos surdos e somos levados a agir em eco, em multidão. Andamos tão absorvidos com o nosso "EU" que não observamos as maravilhas, tão pequenas, que nos rodeiam. A natureza rodeia-nos para nos fornecer a felicidade mas nós, teimosamente, fugimos para o meio da revolução tecnológica que nos dá apenas a aparência.

meldevespas disse...

Bemmmmm!!!! Olha que dois!
Até tenho medo de abrir a boca, perante um texto tão cortante, e um comentário como o desta menina aqui em cima.....
Mas é isso mesmo...lembremo-nos que lá fora destas paredes fisicas e carnais há um mundo há espera de ser visto e vivido.
Fantástico como sempre, L.
Beijinho

Anónimo disse...

Concordo com o primeiro comentário e acrescento a importância, tão bem frisada por ti, da validade da experiência na nossa vida: nenhuma. Se a tivessemos mais em conta não cometeriamos, às vezes repetidamente, o mesmo erro.A conveniência faz-nos esquecer, com facilidade, o que apreendemos durante anos. Enfim...Características do ser humano, nem sempre humanas.

Ginger disse...

Não vou fingir que percebi o texto...

Enveredáste por uma escrita demasido sinuosa para mim... não te consigo acompanhar. :(

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