domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quando me viu imobilizou-se. Achei estranho e desconexo. Depois abraçou-me com demasiada força. O que eu teria deixado escoar com um frio e cordial passou-bem entrelaçou-se a mim respirando álcool. Tentei-o beijar na boca, com o desespero circense de me ver solto daquilo. Que merda era aquilo? Que abraça e desequilibra e aperta com vontades possessas, sem serem réplicas de vontade, mas vontade. Eu idiota, gostei, ainda me dei ao luxo de gostar. Não posso porque é heresia. É mentira, nós não vivemos nada de mais, vivemos? Recorda-me, todos os dias. Todos os dias me cai a dignidade.

1 comentário:

Brown Eyes disse...

Não posso porque é heresia...
Heresia é fazermos o que não sentimos.