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Um pé depois de um outro,uma mão alinhada e uma cabeça.Tudo no sítio na minha,e as lágrimas de prata afundam-se na corrente escarlate,outrora paixão.As mãos manchadas,a água de um cetim vermelho sinuoso flui para a escuridão e a expiação que não chega.De frente ao espelho com a cara voltada.O peito marcado pela palma manchada.Nada voltará atrás.Sou unicamente responsável por mandar o fardo ao rio,em sacos pretos atados num suspiro.Muito tremulo o meu peito.Inquieto.Algo se constrói aquando o frio do metal percebe a paixão da tua carne.Quando,olhos nos olhos o terror me beija e eu sorrio controlando a tempestade interior.Abraço o tom purpura num beijo pingado,perspectiva singular,e aquando me inclino para te sussurrar,o teu belo perfil,o saco,o preto imiscuí-se e entra-me pelos poros,corrompendo a minha alma resoluta.O caminho,o meu peito e o rio que te afasta de mim...