Quando me viu imobilizou-se. Achei estranho e desconexo. Depois abraçou-me com demasiada força. O que eu teria deixado escoar com um frio e cordial passou-bem entrelaçou-se a mim respirando álcool. Tentei-o beijar na boca, com o desespero circense de me ver solto daquilo. Que merda era aquilo? Que abraça e desequilibra e aperta com vontades possessas, sem serem réplicas de vontade, mas vontade. Eu idiota, gostei, ainda me dei ao luxo de gostar. Não posso porque é heresia. É mentira, nós não vivemos nada de mais, vivemos? Recorda-me, todos os dias. Todos os dias me cai a dignidade.
1 comentário:
Não posso porque é heresia...
Heresia é fazermos o que não sentimos.
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